UFRJ no Escuro: Light corta energia da universidade por inadimplência de R$ 31,8 Milhões
Quando a conta chega, nem mesmo a ciência escapa da escuridão!
Após uma série de tentativas frustradas de colocar uma conversa em dia, a Light decidiu que era hora de dar um chega pra lá na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e cortou a energia de algumas instalações. Isso mesmo! Nesta terça-feira (12), a luz se apagou para a universidade, enquanto as provas, de acordo desde junho, deixaram mais uma aula expositiva sem fim.
E, convenhamos, a situação não é nada simples. A dívida total da UFRJ com a Light agora gira em torno de impressionantes R$ 31,8 milhões. Para quem estava pensando que o déficit era apenas um número, aqui está a prova de que, em vez de experimentar novas soluções, o conhecimento está acumulando dívidas em vez de sabedoria. As faturas vencidas entre março e novembro de 2024 somam esse montante, além de R$ 3,9 milhões em experiências de calote de um acordo bem anterior, lá de 2020.
Naquela época, a reitoria fez um pacto com a Light para parcelar uma dívida inicial de R$ 21,3 milhões. Porém, até o momento, os cofres universitários conseguiram juntar apenas R$ 13 milhões para honrar a dívida. Parece que, com a escassez de palavra, a UFRJ acabou extrapolando a fórmula do déficit, e a receita da conta de luz ficou de fora das aulas práticas de gestão financeira.
Pelo lado positivo – porque sempre tem um lado positivo, não é mesmo? – as unidades essenciais, como serviços de saúde e segurança, foram poupadas da escuridão. Nada como preservar a continuidade do atendimento, enquanto a biblioteca e as salas de aula ficam “desligadas” do que se passam na sociedade.
No fim das contas, essa situação toda traz à tona uma questão que vai além da conta de luz: até quando as instituições de ensino superior continuarão ignorando a importância da gestão financeira? Se a UFRJ tivesse investido em conhecimento sobre orçamento assim como investe na pesquisa científica, talvez hoje não tenha se perguntado “como sobreviver sem luz”. Uma lição a ser aprendida, antes que a próxima conta chegue para todos darem as mãos e cantar juntos no escuro.
Foto: Ana Marina Coutinho/SGCOM/UFRJ
